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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Mais Educação (vídeo)

Boa tarde,
Me baseando na última postagem, onde nos foi pedido para fazer uma entrevista em um colégio, onde algum projeto tenha surtido efeito positivo.
Como trabalho no projeto Mais Educação, em uma escola pública situada no município de Pindoretama, resolvi elaborar essa entrevista baseado no projeto, e aqui agora, exibirei um vídeo explicando formalmente do que se trata este projeto, quem o patrocina, quais são seus objetivos e quem participa dele.


Mais Educação

Como pedido na atividade, entrevistei a diretora do colégio no qual eu trabalho, para saber dela mais dados sobre o projeto Mais Educação, no qual eu participo sendo monitora na área de acompanhamento de estudo pedagógico.
O Mais Educação é basicamente um projeto criado para promover educação em tempo integral, ou seja, ele motiva o aluno a passar o dia inteiro na escola, incluindo alimentação e cuidados higiênicos básicos; promovendo atividades lúdicas que misturam brincadeiras com as disciplinas que os alunos veem na sala de aula.
Formalmente, o Programa Mais Educação, criado pela Portaria Interministerial nº 17/2007 e regulamentado pelo Decreto 7.083/10, constitui-se como estratégia do Ministério da Educação para indução da construção da agenda de educação integral nas redes estaduais e municipais de ensino que amplia a jornada escolar nas escolas públicas, para no mínimo 7 horas diárias, por meio de atividades optativas nos macrocampos: acompanhamento pedagógico; educação ambiental; esporte e lazer; direitos humanos em educação; cultura e artes; cultura digital; promoção da saúde; comunicação e uso de mídias; investigação no campo das ciências da natureza e educação econômica. O Programa Mais Educação é coordenado pela Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), em parceria com as Secretarias Estaduais e/ou Municipais de Educação. Sua operacionalização é feita por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) e pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
São seis as oficinas (como chamamos as “matérias” dadas pelos monitores):
Ø  Acompanhamento pedagógico (matérias básicas como Português e Matemática e até Ciências, História e Geografia);
Ø  Recreação (para alunos de 1° a 4° ano);
Ø  Esportes (para alunos de 5° a 9° ano);
Ø  Cultura (teatro e dança).
O projeto tem como objetivo maior contemplar todos os alunos, de 1° a 9° ano onde eles realizam as atividades no contra turno (os alunos que estudam de manhã, participam do projeto à tarde, e vice-versa).
Para o desenvolvimento de cada atividade, o governo federal repassa recursos para ressarcimento de monitores, aquisição dos kits de materiais, contratação de pequenos serviços e obtenção de materiais de consumo e permanentes. De acordo com as atividades escolhidas, as escolas beneficiárias também podem receber conjuntos de instrumentos para banda fanfarra, hip hop e rádio escolar, dentre outros, conforme Manual PDDE – Educação Integral.
As oficinas são realizadas no contra turno, porém os resultados já estão aparecendo. Na escola em que eu sou monitora, os alunos que praticam Tae-kwon-do na oficina de esporte, estão sendo levados a campeonatos municipais e até estaduais; os alunos da oficina de dança já fazem suas apresentações em outros colégios da cidade. Todos os custos como transporte e alimentação são oferecidos pela prefeitura com parceria da Secretaria da Educação. 

 
Alunos e monitor do Taekwondo com o prefeito do município 


 
Alunos da oficina de dança, realizando uma apresentação em comemoração ao Dia do Índio, em uma escola da comunidade. 




terça-feira, 29 de abril de 2014

Para que um dia, o dia nasça feliz.

Boa noite pessoal, 

Como atividade desta semana nos foi pedido um resumo crítico do documentário Pro dia nascer feliz, de João Jardim. Basicamente, ele retrata de forma clara e realista a situação de nossa educação. Digo a nossa educação porque todos somos brasileiros, todos pertencemos a este paí, e de alguma forma, é nossa obrigação contribuir para que ela melhore, afinal nossos descendentes e futuros brasileiros vão usufruir dela.
O filme relata o cotidiano de três escolas situadas em três das principais capitais do Brasil: Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro. O mais interessante é que o filme é feito sob a perspectiva de quem mais sofre com essa situação, o aluno e a família. As visões do professor e do diretor também são levadas em conta, porém é importante observar o ponto de vista do jovem, o protagonista nesta história.
O filme passa a história de adolescentes que convivem com as mais sórdidas realidades: criminalidade, drogas, falta de transporte para se deslocar para a escola, pobreza na estrutura do colégio (salas pequenas e desestruturadas, cadeiras quebradas, paredes sem reboco e chão sem piso nenhum), sem contar os banheiros, se é que se podem serem chamados assim.
A primeira escola mostrada fica no interior de Pernambuco, e os alunos passam por um grande processo até chegarem lá. São horas dentro de um ônibus, alguns alunos ainda viajam em pé, e acabam chegando já super cansados. Ao "conhecer" a escola, percebi como não é preciso de muita coisa para poder se construir uma escola, (e tem governantes que levam isso "ao pé da letra"). Visto de longe, ou até mesmo de perto, jamais imaginariam que aquele lugar era uma escola, passaria por uma simples casa "no meio do mato". Ainda tem a "estrutura" interna, banheiros com o mínimo de higiene básica, falta d'água... Enfim, fiquei imaginando como alguém consegue ter vontade de estudar em um lugar como este, realmente, a força de vontade pode provocar mudanças incríveis na cabeça desses jovens, para que possam ter vontade suficiente para estudar num lugar como aquele. O incrível é porque, nem os professores têm vontade de ensinar. 
Continuando sua viagem pelo país, ele agora nos faz deparar com situações, um pouco diferentes, escola com uma melhor estrutura (por se situarem na capital ou em regiões metropolitanas das famosas capitais RJ e SP), porém, sofrendo com problemas dignos das cidades grandes: criminalidade e violência em alto grau, jovens entrando no mundo das drogas cedo demais. E o pior, os professores que têm de conviver com essa realidade, com medo por serem ameaçados por seus próprios alunos, sem nenhuma disposição de entrar em uma sala de aula. 
Portanto, é importante que assistamos documentários desse tipo, verdadeiros tapas na cara, situações que considerávamos até impossíveis, acontecendo embaixo de nossos narizes. Mas, como disse uma professora de um colégio estadual em Itaquaquecetuba (São Paulo), "Tá todo mundo cansado de ouvir os problemas da educação, mas ninguém faz nada”. 

terça-feira, 22 de abril de 2014


Este vídeo foi feito há mais ou menos 5 anos atrás, e relata sobre a Declaração do Milênio, onde foram elaborados aqueles '8 jeitos de mudar o mundo'. Bom, os resultados desse projeto irão ser colhidos ano que vem, em 2015. Mas, será que nesses 15 anos (a Declaração do Milênio foi assinada em 2000) muita coisa foi feita para que possamos retirara resultados realmente satisfatórios?!

Professor: ser ou não ser... Eis a questão!

Boa noite pessoal, espero que tenham gostado dos meus últimos posts.

Hoje, venho aqui relatar, ainda mais, a minha (pouca) experiência como professora de escola pública. Como a maioria diz, a voz do povo é a voz de Deus, e realmente acreditem quando te disserem, não é nenhuma moleza ser professor de ensino público. Estar em sala, não é só ocupar aquele espaço físico, fazer pose de durão e passar um monte de questões. Estar em sala de aula, ensinar em uma sala de aula (principalmente na rede pública) é muito, muito mais que isso. É você se fazer presente na vida daquele jovem, é servir de modelo referencial pra ele, é ter paciência pra respeitar e ouvir (sim, você professor), é preparar aquela criança para o mundo que a espera lá fora, é ter jogo de cintura para as situações embaraçosas... Enfim, e principalmente muito amor e dedicação, que é a base que qualquer professor hoje precisa ter, no mínimo. Eu sempre me refiro à rede pública, porque é lá que a gente não só vê, mas sente como se encontra o real retrato de nossa educação.

Abaixo segue link de artigo que explica com mais e melhores palavras as dificuldades que o professor passa para estar em sala de aula.
  http://w3.ufsm.br/gtforma/estagio1/66a50c4974b39594ac2c15cd8ab874fb.pdf

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Educação.Doc

Relacionado com o tema de minha última postagem, Evasão escolar, um dos motivos que mais estimula o aluno a abandonar a sala  de aula, é o desinteresse pela aula, pela disciplina. Pesquisas apontam que muitas vezes, essa falta de interesse é causada pelo professor, que prefere coordenar sua aula daquele modo mais tradicional, em que ele copia o conteúdo na lousa, o aluno responde algumas atividades, e pronto. É como se o conhecimento se limitasse ao espaço físico de uma sala de aula, o jovem não é despertado com o desejo de aprender e querer buscar cada vez mais conhecimento, pois isso não lhes é oferecido de maneira atraente. 
Um famoso programa de televisão vem mostrando um quadro (Educação.doc), em que mostra como a escola pública, como um conjunto, pode mudar esse contexto social, como os professores, juntamente com a comunidade podem participar da construção do conhecimento não só do aluno, mas sim de todas as pessoas que vivem neste âmbito social.


terça-feira, 15 de abril de 2014

Evasão na educação básica



Boa noite pessoal,

Este blog está sendo utilizada por mim, aluna do curso de Ciências Biológicas da UECE/UAB, polo Beberibe; e essa não é a primeira disciplina em que venho a utilizar deste recurso tão interativo; para realização de uma atividade. Este, já passou por várias modificações, passando pelos campos da Bioquímica e da Embriologia, porém, hoje começo a modifica-lo de forma bem interessante, aterrissando no campo da Educação.
Como primeira abordagem, meu post de hoje é dedicado a um assunto polêmico e bastante sugestivo: Os maiores problemas da Educação Básica no Brasil (e suas possíveis soluções).
Estava navegando na internet, e me deparei com este tema, e, já que leciono em escola pública (aonde podemos notar claramente quais são os problemas que a educação sofre), resolvi abordá-lo, assim como compartilhar um da minha (ainda pouca) experiência.
Não é segredo para ninguém, apesar do munícipio oferecer escolas de ensino gratuito; de o governo estar sempre promovendo projetos (que incluem educação em tempo integral, atividade de cultura e esporte), as escolas públicas ainda sofrem de uma enorme carência de alunos. Jovens que poderiam estar aprendendo com mestres, preferem (ou são obrigados) estar nas ruas, ou trabalhando de forma escrava.  A evasão escolar acontece quando o aluno deixa a escola por qualquer motivo e não mais retorna.



Uma nova pesquisa da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), com base em informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE, revela que apenas metade dos jovens com idade entre 15 anos e 17 anos está matriculada no ensino médio. Pior: entre 1999 e 2011, a taxa de evasão nesta faixa mais que dobrou, saltando de 7,2% para 16,2%. Dados absurdos como este nos mostra o quão precária está o ensino básico. Ainda que o número absoluto de alunos venha aumentando, segundo o Ministério da Educação, dados de evasão como esses criam um senso de urgência que se sobrepõe a tudo. 



Quando um jovem abandona a escola, perdem todos. A exclusão pela educação cria um abismo social e inibe o surgimento de um cidadão com uma participação social mais efetiva. Infelizmente, na escola pública brasileira não há preocupação com os conteúdos e com a produção do saber, nem com a formação de cidadãos autônomos que se localizem no espaço e no tempo; e sim com a formação técnica para o mercado de trabalho. O que se têm observado é que a educação no Brasil no ensino fundamental não está ao alcance de todos os cidadãos, assim como no que se refere à conclusão de todos os níveis de escolaridade. Nota-se também um ínfimo interesse de alguns alunos por estar aprendendo matérias que possam engradecer sua mente. Isto se deve, em sua maioria, pelos pais, que por não possuírem formação “completa”, muitas vezes não instigam o filho a irem procurar ter conhecimento, e por isso, acham que o filho “não precisa disso”, que ele poderá viver muito bem em seu pequeno e leigo contexto social, sem se preocupar em ter conhecimentos novos.  Por vezes, o professor, já tão acostumado com a falta de interesse do aluno, não tem vontade em tentar mudar esta cultura.
Várias soluções estão sendo colocadas em pauta, como Incentivos para escolas que desenvolvem projetos bem sucedidos de diminuição da repetência e evasão, assi9m estimulando o profissional a quere mudar a escola e o ambiente social em que vive; regularização do fluxo escolar e implementação de cursos de formação inicial em nível superior, de acordo com a reforma feita. Entretanto, muita cosa ainda falta ser feita para que possamos conseguir obter um resultado diferente nas pesquisas relacionadas à evasão na educação básica.

Bibliografia:

A IMPORTÂNCIA DA INTEGRAÇÃO ESCOLA-FAMÍLIA NO PROCESSO PEDAGÓGICO - ERASMO BRAGA. Disponível em: <http://www.erasmobraga.com.br/artigos/a-importancia-da-integracao-escola-familia-no-processo-pedagogico> Acesso em 15 de abril de 2014;


ISTOÉ INDEPENDENTE - COMPORTAMENTO. Disponível em: <http://www.istoe.com.br/reportagens/326686_O+MAIOR+PROBLEMA+DA+EDUCACAO+DO+BRASIL> Acesso em 15 de abril de 2014; 

OS 10 MAIORES PROBLEMAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA E DO BRASIL E SUAS POSSÍVEIS SOLUÇÕES. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/img/politicas-publicas/fala_exclusivo.pdf> Acesso em 15 de abril de 2014.