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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Mielodisplasia

Aproveitando um dos temas de nosso último fórum de interação, hoje o assunto será: Mielodisplasia. Uma síndrome que poucos conhecem, diagnosticada através de exames feitos na medula óssea, onde o tratamento consiste em monitoramento do paciente ou em transfusão de sangue, nos casos mais extremos.

medula óssea produz os três tipos de células sanguíneas: os glóbulos brancos, os glóbulos vermelhos e as plaquetas. Inicialmente produz células imaturas (os blastos) que posteriormente evoluem para as células normais. Chama-se mielodisplasia ao transtorno desse ritmo, com uma produção deficiente de células normais e uma maior persistência de células imaturas que não chegam à maturidade e são destruídas precocemente. A mielodisplasia não é uma doença, mas uma síndrome caracterizada por um conjunto de sinais e sintomas específicos. Pode ser originária da própria medula óssea ou ser secundária a uma doença autoimune ou ao câncer. Habitualmente, trata-se de uma condição progressiva, mais comum em homens que em mulheres e em idosos mais que em jovens, embora possa surgir também em crianças. Mielodisplasia refere-se, pois, a um grupo de doenças hematopoiéticas (de formação do sangue) clonais (mesmo patrimônio genético) da medula óssea, em que com frequência observa-se hematopoiese (formação do sangue) deficiente. 
Quais são as causas da mielodisplasia?
Na maior parte das vezes não é possível identificar uma causa antecedente externa. O uso de drogas que danificam o DNA, usadas para tratar diversos tipos de câncer, aumenta o risco para a mielodisplasia. Há certa predominância da condição em pacientes que tenham sido expostos à quimio ou radioterapia e naqueles expostos a hidrocarbonos (como trabalhadores em indústrias de petróleo, por exemplo).
Quais são os principais sinais e sintomas da mielodisplasia?
Os principais sintomas de um quadro mais intenso são: cansaço e dores no peito (devido à baixa de hemácias); maior suscetibilidade às infecções (devido à baixa de glóbulos brancos) e tendência a sangramentos (devido à baixa de plaquetas). A maioria das mortes ocasionadas por essa condição ocorre por sangramentos e infecções
Como o médico diagnostica a mielodisplasia?
A diminuição geral das células sanguíneas é o aspecto mais característico da mielodisplasia, no entanto, várias condições mórbidas podem mimetizar a mielodisplasia. Uma pancitopenia (diminuição das células), por exemplo, pode ser causada por uma simples deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico. 
Como o médico trata a mielodisplasia?
Se os pacientes estão na fase crônica e estável, geralmente não são tratados, apenas monitorados. Da mesma forma, uma doença de mediana gravidade, mas estável, deve ser apenas mantida sob observação. Se houver uma diminuição intensa na contagem das células sanguíneas, pode-se utilizar drogas para estimular a produção destas células. Em casos extremos, uma transfusão de sangue pode ser aconselhável. O paciente deve estar permanentemente atento a infecções ou a febres inexplicáveis. 
Como evolui a mielodisplasia?

Pacientes com anemia leve ou moderada ou diminuição ligeira das hemácias podem não exigir tratamento. Contudo, o médico deve monitorar periodicamente as células sanguíneas. Não é incomum que a situação mórbida dos pacientes não se altere durante anos ou décadas, mas como há o risco de evolução para um distúrbio mais grave (leucemia mieloide aguda), visitas periódicas ao médico e coleta de exames são fundamentais para garantir uma boa qualidade de vida ao paciente.

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