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quarta-feira, 13 de agosto de 2014


Aprender uma língua é simplesmente fascinante. 

Não somente pelo fato de falar palavras e frases em outro idioma, mas também pelo contato com culturas que permeiam a língua estudada. 

Sempre ouvimos falar da importância de se aprender uma nova língua e dos benefícios pessoais e profissionais que ela pode trazer. 

Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Estrangeira dizem que “é indispensável que o ensino da Língua Estrangeira seja entendido e concretizado como o ensino que oferece instrumentos indispensáveis de trabalho” e que permite “um acesso mais igualitário ao mundo acadêmico, ao mundo dos negócios e ao mundo da tecnologia”. 

Tudo isso pode parecer muito interessante para nossos alunos que jogam videogames, assistem a filmes, acessam a Internet, planejam uma viagem, enfim, realizam atividades como qualquer outro indivíduo.

Com o início da Inclusão, passamos a receber, em salas de aula convencionais, alguns alunos que não têm nessas atividades um hobby ou que não compreendem essas diferenças culturais e linguísticas. 

Dentre os alunos inclusivos, vamos destacar um, o Surdo.

Surdo é aquele que sofreu uma perda dos sentidos da audição, podendo ser classificada desde leve até profunda. 

Como há a dificuldade de ouvir os sons, essa deficiência afeta também a fala, dependendo da classificação da surdez. 

A maioria dos que pertencem a essa comunidade comunica-se utilizando a LIBRAS, isto é, Língua Brasileira de Sinais, que tem sua própria gramática, sintaxe, morfologia e fonética. 

Alguns simplesmente se comunicam com sinais domésticos, que a própria família e amigos criam para formalizar uma conversa.

Assim disso, será que é possível levar um aluno surdo a se interessar pela aprendizagem da Língua Inglesa? O que fazer para atrair os alunos surdos? 

Esses são questionamentos frequentes dos professores com esse tipo de aluno em suas turmas, que podem trazer insegurança e medo. 

Reflexões diárias levarão os educadores a deixarem de lado tudo isso.

O professor precisa mudar seu método de ensino. 

O aluno surdo se expressa e aprende as coisas de forma diferente quando comparado aos alunos ouvintes. 

Nós nos acostumamos a incentivar nossos alunos a buscarem a pronúncia perfeita, repetindo as palavras que ensinamos, focando em conversações. 

Tudo isso não faz sentido para surdos porque eles não conhecem os sons das letras, dos fonemas e sílabas. 

Antes, o educador deve pensar que, em compensação à falta da audição, os alunos surdos são muito visuais. 

Por isso, a utilização de figuras facilita muito sua aprendizagem. 

O aluno vai associar a imagem da palavra escrita à imagem do objeto/palavra em questão. 

Esse método ajudará até mesmo o professor que não tem conhecimento sobre a língua de sinais. 

Outro fator importante é a contextualização das palavras. 

O aluno surdo não precisa aprender somente palavras soltas. 

Muitos professores o fazem achando que não poderão extrair um sentido daquilo que leem. 

É exatamente o contrário. Alunos deficientes auditivos interessam-se muito em aprender outra língua. 

O professor deve aproveitar essa característica e preparar sua aula pensando, também, nesses alunos, para que eles não desanimem ou se decepcionem. Softwares educacionais são uma boa pedida.

Esses alunos se sentem muito bem ao manipular um ambiente visual, no qual eles possam interagir. 

No caso de alunos maiores, o professor deve tomar cuidado ao questionar sua forma de escrita. 

Em Libras, a ordem que as palavras aparecem na frase é diferente no português e também na língua inglesa, podendo haver uma dificuldade em compreender a ordem dos adjetivos em relação aos substantivos. 

Muitos educadores acabam confundindo a deficiência auditiva com a mental. As duas não têm proximidade alguma. 

Por conta desse equívoco, acabam deixando de lado a prática da leitura, tanto na primeira língua quanto numa segunda. 

Há muitos surdos que dominam essa capacidade de leitura e escrita tão bem quanto ouvintes, bem como aqueles que já conseguiram sua graduação ou pós-graduação.

Poderíamos parar e refletir: Quem será o incluído? O aluno ou o professor? Na verdade, os dois. 

O aluno por poder fazer parte de um ambiente com pessoas diferentes e podendo se sentir pertencente a ele, o que é um fato. 

O professor, por sua vez, por saber unir-se a dois universos ao mesmo tempo, o do ouvinte e do surdo. 

Educadores precisam estar sempre preparados para estarem nesses universos simultaneamente, com atividades que atendam as necessidades de todos os seus alunos. 

A Língua de Sinais não é o único caminho para esse universo diferente, mas os caminhos são novos a cada dia, seja com imagens, artigos tecnológicos, brincadeiras, leituras, criando várias rotas diferentes para um mesmo objetivo: a satisfação do aluno. 

David Marcelo Pereira Berto é formado em Letras pela Faculdade Anhanguera de Taubaté, Professor de Língua Inglesa, Tradutor/Intérprete de Libras (IMOESC – Caçapava/SP), Coordenador do Programa Línguas Estrangeiras da Planeta Educação – Caçapava/SP.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Primeiros engenheiros surdos do Centro-Oeste formam em Divinópolis

Eles contam como foi estudar com não surdos e conquistar graduação.

Concluir uma graduação é uma conquista para muitos jovens por todo o país. Mas para dois alunos de Engenharia de Produção em Divinópolis, essa vitória é ainda maior. Mariana de Oliveira Ferreira, de 25 anos, e Felipe de Oliveira Ferreira, de 27, são irmãos e decidiram vivenciar juntos também os cinco anos da graduação. Além disso, eles estão fazendo história como os primeiros estudantes com deficiência auditiva a se formarem como engenheiros de produção no Centro-Oeste de Minas, segundo um levantamento da Fundação Educacional de Divinópolis da Universidade do Estado de Minas Gerais (Funedi/Uemg), instituição onde eles formaram. Assim como a maioria dos adolescentes, foi no ensino médio que Mariana decidiu qual seria a profissão após ficar em dúvida quanto a outras graduações. "Pensei em administração, contabilidade, matemática e design de moda. Por fim optei por Engenharia de Produção", recordou. Felipe, ao contrário da irmã, estava decidido quanto ao curso que escolheria. "Não pensei em escolher outro. Até pensei em fazer ciências da computação, mas no final eu queria mesmo era engenharia", afirmou. Segundo a irmã, o apoio da família foi primordial na decisão de cursar o ensino superior. "Na minha família muitos têm curso superior e sempre nos direcionaram nos estudos. Meus pais sempre investiram na nossa educação, pensando em um futuro melhor e na roda dos primos sempre falávamos sobre vestibular e faculdade", contou Mariana. Segundo a professora e coordenadora do curso, Vânia dos Santos Ventura, foi preciso que a instituição se preparasse para receber os irmãos. "Como em toda mudança, também foram enfrentadas algumas dificuldades, todos tiveram que aprender juntos. Houve capacitação dos funcionários e a presença de uma intérprete. Mas acima de tudo, aprendemos e ainda estamos aprendendo muito com eles", informou. Mas para os irmãos, que já haviam estudado em escolas com outros alunos que não eram surdos, essa adaptação transcorreu tranquilamente. "Algumas dificuldades sempre enfrentei, pois tudo é um aprendizado, mas todo o processo foi tranquilo. Eu conversava e aprendia normalmente com eles e todos muito curiosos para aprender a Língua Brasileira de Sinais (Libras)", contou Felipe.


Mariana, Felipe e os colegas de curso visitaram usina de Itaipu durante excursão da faculdade.

Uma das responsáveis por essa adaptação de Mariana e Felipe com a turma foi a intérprete Graciele Kerlen Pereira Maia, que acompanhou os irmãos desde o ensino fundamental até a graduação. "São 12 anos juntos. A história dos dois é exemplo de superação, de sonho conquistado, luta com vitória. Por isso fazem história como os primeiros surdos formados nesse curso no Centro-Oeste de Minas e se tornam grandes exemplos para o reconhecimento dos surdos na sociedade", disse a intérprete com orgulho. Ainda segundo a Graciele, os irmãos nunca foram tratados de forma diferente aos demais colegas. "Disciplinas, estágios, apresentações de trabalho, visitas técnicas foram fornecidos assim como foram oferecidos aos outros alunos. E tiveram facilidades e dificuldades assim como qualquer outro aluno", garantiu. A determinação dos dois logo chamou a atenção da turma, que teve a oportunidade de aprender com os novos colegas. "Foi uma questão de tempo para os colegas e professores que não conheciam bem a cultura deles, conhecerem o nosso meio de comunicação. Mas no final as aulas transcorrem normalmente", afirmou Mariana. Assim, cada período passado era uma vitória para a dupla que estava acostumada a encarar os desafios desde pequenos. "Esta etapa com meu irmão foi como as outras. Estudamos juntos, conversas sobre as matérias. Sempre tivemos esse companheirismo, como acontece com irmãos. Às vezes até mesmo com algumas discussões", brincou Mariana. Sentimento compartilhado pelo irmão. "Desde pequeno estudamos juntos e foi muito bom estudar com ela na faculdade", acrescentou Felipe. Não foi só a presença na vida um do outro que fez a diferença. Para Vânia, a presença dos dois alunos com deficiência auditiva foi enriquecedora para a instituição e acrescentou uma nova visão ao curso. "Criamos sinais para os termos da engenharia de produção, empresas se adaptaram para receber os dois como estagiários, professores adequaram suas aulas trazendo materiais visuais. A principal mudança foi a conquista do respeito pelo sujeito surdo e a certeza de que hoje nós estamos mais preparados para recebermos alunos como os dois", argumentou a coordenadora. Cinco anos depois de iniciar a graduação, chegou a hora da formatura e a responsabilidade de se tornar um engenheiro de produção. Uma etapa que os irmãos se dizem preparados para encarar. "Essa formatura é um momento muito importante na minha vida. Repleta de desafios, ensinamentos, dedicação, luta, estudo, momentos de dificuldades, alegrias. É um crescimento de uma vida pessoal e acadêmico", disse Mariana. Também de novos desafios no mercado de trabalho. Felipe disse estar preparado para estudar as propostas que apareceram, assim como Mariana. "Ainda não recebi propostas para trabalhar após a formatura, mas fui contratada por uma empresa como jovem aprendiz. Acredito que posso ser contratada na minha profissão com concursos", disse a jovem. Para que consigam se firmar no mercado, os irmãos contarão com a torcida não só da família, mas também de quem os acompanhou de perto ao longo da graduação. "Desejo a eles muito sucesso. Tudo que eles passaram é pela a concretização de um grande sonho, uma prova de como cresceram com toda essa trajetória. Seja qual for o caminho que eles trilharem, confio que conquistarão ainda mais vitórias. Jamais me esquecerei deles, porque eu os amo", declarou a intérprete Graciele.


 É muito importante ter conhecimento de uma notícia como essa. Essa felicidade tenho certeza que foi sentida de um modo bem maior nesta comunidade tão rica quanto aos dos surdos. Alcançar tal feito é uma realização grandiosa e surti efeito motivador em outros surdos, (ou mudos, ou cegos) para que eles possam sempre seguir em frente.   

Fonte. Disponível em: <http://g1.globo.com/mg/centro-oeste/noticia/2014/01/primeiros-engenheiros-surdos-do-centro-oeste-formam-em-divinopolis.html

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Aterros desde sua origem

Etapas De Instalação De Um Aterro Sanitário


A seleção de áreas para disposição de resíduos deve seguir critérios técnicos estabelecidos por uma equipe multidisciplinar.
A seguir são apresentadas as etapas para seleção de locais para instalação de um aterro sanitário.

ETAPA 1: IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS POTENCIAIS

DEFINIR:
Critérios de exclusão ou pesos diferenciados:
Áreas Recomendadas;
Áreas Recomendadas com Restrição;
Áreas Não-Recomendadas.
http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/imagens/ball.gifVida Útil - relacionar o tamanho do local com:
População;
Características do resíduo e do sistema de gerenciamento;
Tipo de obra.
ANALISAR: 
http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/imagens/ball.gifAspectos do Meio Biológico
http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/imagens/ball.gifAspectos Sociais
http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/imagens/ball.gifAspectos Econômicos
http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/imagens/ball.gifAspectos da Legislação
http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/imagens/ball.gifAspectos do Gerenciamento de Resíduos

ETAPA 2: IDENTIFICAÇÃO DE LOCAIS PREFERENCIAIS

ATIVIDADES 
http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/imagens/ball.gifIdentificação dos Locais nas Áreas Recomendadas
http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/imagens/ball.gifConsulta Formal aos Órgãos Competentes

ANALISAR
http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/imagens/ball.gifGeologia-Geotecnia: principais características do meio físico ante os processos atuantes e a obra a instalar.
http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/imagens/ball.gifÁguas Superficiais e Subterrâneas: profundidade do lençol, manancial de interesse ao abastecimento.
http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/imagens/ball.gifSolos: tipos, distribuição e espessuras.
http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/imagens/ball.gifDeclividade Adequada
http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/imagens/ball.gifDistâncias: núcleos de habitações, cursos d’água, etc.
http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/imagens/ball.gifMaterial de Empréstimo: disponibilidade e características (impermebialização/cobertura)

ETAPA 3: VIABILIZAÇÃO DE LOCAIS

LEVANTAMENTOS DE DETALHE
http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/imagens/ball.gifInfra-Estrutura: acessos, energia, etc.
http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/imagens/ball.gifGeologia-Geotecnia: permeabilidade do solo capacidade de suporte, etc.
http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/imagens/ball.gifHidrogeologia: profundidade do nível d’água, fluxo subterrâneo, qualidade das águas.
http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/imagens/ball.gifUso e Ocupação nos Entornos
A figura a seguir apresenta o diagrama esquemático das etapas de seleção de locais para instalação de um aterro sanitário.





Vantagens de um aterro controlado


  • Dentre as medidas de remediação do lixão local – e que faz um lixão ser transformado em aterro controlado – é a adoção de um novo terreno onde o lixo será tratado como é tratado num aterro sanitário. Esse terreno, evidentemente, é posicionado ao lado do antigo lixão. Ali, o lixo vai ter a manta de PVC para evitar a contaminação do solo e, possivelmente, também contará com a captação e tratamento do chorume;
  • A antiga área do lixão é coberta com terra e grama, o que passa a dificultar a entrada depragas urbanas como ratos e urubus;
  • chorume do lixão passa a ser recirculado para facilitar a decomposição da montanha de lixo que está no local;
  • Com o lixo coberto, aquele problema de entupimento de galerias pluviais comumente relatado pelas empresas desentupidoras e pelas prefeituras, passa a diminuir, pois o lixo não tem como escapar do aterro feito com uma cobertura de terra e grama.

Disponível em:

Quais as vantagens e desvantagens dos aterros controlados?

 <http://fortalezadesentupidora.com/blog/vantagens-desvantagens-aterro-controlado-desentupidora/> Acesso em 11 de julho de 2014.

Disponível em: http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/residuos/res19.html> Acesso em 11 de julho de 2014

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Mais Educação (vídeo)

Boa tarde,
Me baseando na última postagem, onde nos foi pedido para fazer uma entrevista em um colégio, onde algum projeto tenha surtido efeito positivo.
Como trabalho no projeto Mais Educação, em uma escola pública situada no município de Pindoretama, resolvi elaborar essa entrevista baseado no projeto, e aqui agora, exibirei um vídeo explicando formalmente do que se trata este projeto, quem o patrocina, quais são seus objetivos e quem participa dele.


Mais Educação

Como pedido na atividade, entrevistei a diretora do colégio no qual eu trabalho, para saber dela mais dados sobre o projeto Mais Educação, no qual eu participo sendo monitora na área de acompanhamento de estudo pedagógico.
O Mais Educação é basicamente um projeto criado para promover educação em tempo integral, ou seja, ele motiva o aluno a passar o dia inteiro na escola, incluindo alimentação e cuidados higiênicos básicos; promovendo atividades lúdicas que misturam brincadeiras com as disciplinas que os alunos veem na sala de aula.
Formalmente, o Programa Mais Educação, criado pela Portaria Interministerial nº 17/2007 e regulamentado pelo Decreto 7.083/10, constitui-se como estratégia do Ministério da Educação para indução da construção da agenda de educação integral nas redes estaduais e municipais de ensino que amplia a jornada escolar nas escolas públicas, para no mínimo 7 horas diárias, por meio de atividades optativas nos macrocampos: acompanhamento pedagógico; educação ambiental; esporte e lazer; direitos humanos em educação; cultura e artes; cultura digital; promoção da saúde; comunicação e uso de mídias; investigação no campo das ciências da natureza e educação econômica. O Programa Mais Educação é coordenado pela Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), em parceria com as Secretarias Estaduais e/ou Municipais de Educação. Sua operacionalização é feita por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) e pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
São seis as oficinas (como chamamos as “matérias” dadas pelos monitores):
Ø  Acompanhamento pedagógico (matérias básicas como Português e Matemática e até Ciências, História e Geografia);
Ø  Recreação (para alunos de 1° a 4° ano);
Ø  Esportes (para alunos de 5° a 9° ano);
Ø  Cultura (teatro e dança).
O projeto tem como objetivo maior contemplar todos os alunos, de 1° a 9° ano onde eles realizam as atividades no contra turno (os alunos que estudam de manhã, participam do projeto à tarde, e vice-versa).
Para o desenvolvimento de cada atividade, o governo federal repassa recursos para ressarcimento de monitores, aquisição dos kits de materiais, contratação de pequenos serviços e obtenção de materiais de consumo e permanentes. De acordo com as atividades escolhidas, as escolas beneficiárias também podem receber conjuntos de instrumentos para banda fanfarra, hip hop e rádio escolar, dentre outros, conforme Manual PDDE – Educação Integral.
As oficinas são realizadas no contra turno, porém os resultados já estão aparecendo. Na escola em que eu sou monitora, os alunos que praticam Tae-kwon-do na oficina de esporte, estão sendo levados a campeonatos municipais e até estaduais; os alunos da oficina de dança já fazem suas apresentações em outros colégios da cidade. Todos os custos como transporte e alimentação são oferecidos pela prefeitura com parceria da Secretaria da Educação. 

 
Alunos e monitor do Taekwondo com o prefeito do município 


 
Alunos da oficina de dança, realizando uma apresentação em comemoração ao Dia do Índio, em uma escola da comunidade. 




terça-feira, 29 de abril de 2014

Para que um dia, o dia nasça feliz.

Boa noite pessoal, 

Como atividade desta semana nos foi pedido um resumo crítico do documentário Pro dia nascer feliz, de João Jardim. Basicamente, ele retrata de forma clara e realista a situação de nossa educação. Digo a nossa educação porque todos somos brasileiros, todos pertencemos a este paí, e de alguma forma, é nossa obrigação contribuir para que ela melhore, afinal nossos descendentes e futuros brasileiros vão usufruir dela.
O filme relata o cotidiano de três escolas situadas em três das principais capitais do Brasil: Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro. O mais interessante é que o filme é feito sob a perspectiva de quem mais sofre com essa situação, o aluno e a família. As visões do professor e do diretor também são levadas em conta, porém é importante observar o ponto de vista do jovem, o protagonista nesta história.
O filme passa a história de adolescentes que convivem com as mais sórdidas realidades: criminalidade, drogas, falta de transporte para se deslocar para a escola, pobreza na estrutura do colégio (salas pequenas e desestruturadas, cadeiras quebradas, paredes sem reboco e chão sem piso nenhum), sem contar os banheiros, se é que se podem serem chamados assim.
A primeira escola mostrada fica no interior de Pernambuco, e os alunos passam por um grande processo até chegarem lá. São horas dentro de um ônibus, alguns alunos ainda viajam em pé, e acabam chegando já super cansados. Ao "conhecer" a escola, percebi como não é preciso de muita coisa para poder se construir uma escola, (e tem governantes que levam isso "ao pé da letra"). Visto de longe, ou até mesmo de perto, jamais imaginariam que aquele lugar era uma escola, passaria por uma simples casa "no meio do mato". Ainda tem a "estrutura" interna, banheiros com o mínimo de higiene básica, falta d'água... Enfim, fiquei imaginando como alguém consegue ter vontade de estudar em um lugar como este, realmente, a força de vontade pode provocar mudanças incríveis na cabeça desses jovens, para que possam ter vontade suficiente para estudar num lugar como aquele. O incrível é porque, nem os professores têm vontade de ensinar. 
Continuando sua viagem pelo país, ele agora nos faz deparar com situações, um pouco diferentes, escola com uma melhor estrutura (por se situarem na capital ou em regiões metropolitanas das famosas capitais RJ e SP), porém, sofrendo com problemas dignos das cidades grandes: criminalidade e violência em alto grau, jovens entrando no mundo das drogas cedo demais. E o pior, os professores que têm de conviver com essa realidade, com medo por serem ameaçados por seus próprios alunos, sem nenhuma disposição de entrar em uma sala de aula. 
Portanto, é importante que assistamos documentários desse tipo, verdadeiros tapas na cara, situações que considerávamos até impossíveis, acontecendo embaixo de nossos narizes. Mas, como disse uma professora de um colégio estadual em Itaquaquecetuba (São Paulo), "Tá todo mundo cansado de ouvir os problemas da educação, mas ninguém faz nada”. 

terça-feira, 22 de abril de 2014


Este vídeo foi feito há mais ou menos 5 anos atrás, e relata sobre a Declaração do Milênio, onde foram elaborados aqueles '8 jeitos de mudar o mundo'. Bom, os resultados desse projeto irão ser colhidos ano que vem, em 2015. Mas, será que nesses 15 anos (a Declaração do Milênio foi assinada em 2000) muita coisa foi feita para que possamos retirara resultados realmente satisfatórios?!

Professor: ser ou não ser... Eis a questão!

Boa noite pessoal, espero que tenham gostado dos meus últimos posts.

Hoje, venho aqui relatar, ainda mais, a minha (pouca) experiência como professora de escola pública. Como a maioria diz, a voz do povo é a voz de Deus, e realmente acreditem quando te disserem, não é nenhuma moleza ser professor de ensino público. Estar em sala, não é só ocupar aquele espaço físico, fazer pose de durão e passar um monte de questões. Estar em sala de aula, ensinar em uma sala de aula (principalmente na rede pública) é muito, muito mais que isso. É você se fazer presente na vida daquele jovem, é servir de modelo referencial pra ele, é ter paciência pra respeitar e ouvir (sim, você professor), é preparar aquela criança para o mundo que a espera lá fora, é ter jogo de cintura para as situações embaraçosas... Enfim, e principalmente muito amor e dedicação, que é a base que qualquer professor hoje precisa ter, no mínimo. Eu sempre me refiro à rede pública, porque é lá que a gente não só vê, mas sente como se encontra o real retrato de nossa educação.

Abaixo segue link de artigo que explica com mais e melhores palavras as dificuldades que o professor passa para estar em sala de aula.
  http://w3.ufsm.br/gtforma/estagio1/66a50c4974b39594ac2c15cd8ab874fb.pdf

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Educação.Doc

Relacionado com o tema de minha última postagem, Evasão escolar, um dos motivos que mais estimula o aluno a abandonar a sala  de aula, é o desinteresse pela aula, pela disciplina. Pesquisas apontam que muitas vezes, essa falta de interesse é causada pelo professor, que prefere coordenar sua aula daquele modo mais tradicional, em que ele copia o conteúdo na lousa, o aluno responde algumas atividades, e pronto. É como se o conhecimento se limitasse ao espaço físico de uma sala de aula, o jovem não é despertado com o desejo de aprender e querer buscar cada vez mais conhecimento, pois isso não lhes é oferecido de maneira atraente. 
Um famoso programa de televisão vem mostrando um quadro (Educação.doc), em que mostra como a escola pública, como um conjunto, pode mudar esse contexto social, como os professores, juntamente com a comunidade podem participar da construção do conhecimento não só do aluno, mas sim de todas as pessoas que vivem neste âmbito social.


terça-feira, 15 de abril de 2014

Evasão na educação básica



Boa noite pessoal,

Este blog está sendo utilizada por mim, aluna do curso de Ciências Biológicas da UECE/UAB, polo Beberibe; e essa não é a primeira disciplina em que venho a utilizar deste recurso tão interativo; para realização de uma atividade. Este, já passou por várias modificações, passando pelos campos da Bioquímica e da Embriologia, porém, hoje começo a modifica-lo de forma bem interessante, aterrissando no campo da Educação.
Como primeira abordagem, meu post de hoje é dedicado a um assunto polêmico e bastante sugestivo: Os maiores problemas da Educação Básica no Brasil (e suas possíveis soluções).
Estava navegando na internet, e me deparei com este tema, e, já que leciono em escola pública (aonde podemos notar claramente quais são os problemas que a educação sofre), resolvi abordá-lo, assim como compartilhar um da minha (ainda pouca) experiência.
Não é segredo para ninguém, apesar do munícipio oferecer escolas de ensino gratuito; de o governo estar sempre promovendo projetos (que incluem educação em tempo integral, atividade de cultura e esporte), as escolas públicas ainda sofrem de uma enorme carência de alunos. Jovens que poderiam estar aprendendo com mestres, preferem (ou são obrigados) estar nas ruas, ou trabalhando de forma escrava.  A evasão escolar acontece quando o aluno deixa a escola por qualquer motivo e não mais retorna.



Uma nova pesquisa da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), com base em informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE, revela que apenas metade dos jovens com idade entre 15 anos e 17 anos está matriculada no ensino médio. Pior: entre 1999 e 2011, a taxa de evasão nesta faixa mais que dobrou, saltando de 7,2% para 16,2%. Dados absurdos como este nos mostra o quão precária está o ensino básico. Ainda que o número absoluto de alunos venha aumentando, segundo o Ministério da Educação, dados de evasão como esses criam um senso de urgência que se sobrepõe a tudo. 



Quando um jovem abandona a escola, perdem todos. A exclusão pela educação cria um abismo social e inibe o surgimento de um cidadão com uma participação social mais efetiva. Infelizmente, na escola pública brasileira não há preocupação com os conteúdos e com a produção do saber, nem com a formação de cidadãos autônomos que se localizem no espaço e no tempo; e sim com a formação técnica para o mercado de trabalho. O que se têm observado é que a educação no Brasil no ensino fundamental não está ao alcance de todos os cidadãos, assim como no que se refere à conclusão de todos os níveis de escolaridade. Nota-se também um ínfimo interesse de alguns alunos por estar aprendendo matérias que possam engradecer sua mente. Isto se deve, em sua maioria, pelos pais, que por não possuírem formação “completa”, muitas vezes não instigam o filho a irem procurar ter conhecimento, e por isso, acham que o filho “não precisa disso”, que ele poderá viver muito bem em seu pequeno e leigo contexto social, sem se preocupar em ter conhecimentos novos.  Por vezes, o professor, já tão acostumado com a falta de interesse do aluno, não tem vontade em tentar mudar esta cultura.
Várias soluções estão sendo colocadas em pauta, como Incentivos para escolas que desenvolvem projetos bem sucedidos de diminuição da repetência e evasão, assi9m estimulando o profissional a quere mudar a escola e o ambiente social em que vive; regularização do fluxo escolar e implementação de cursos de formação inicial em nível superior, de acordo com a reforma feita. Entretanto, muita cosa ainda falta ser feita para que possamos conseguir obter um resultado diferente nas pesquisas relacionadas à evasão na educação básica.

Bibliografia:

A IMPORTÂNCIA DA INTEGRAÇÃO ESCOLA-FAMÍLIA NO PROCESSO PEDAGÓGICO - ERASMO BRAGA. Disponível em: <http://www.erasmobraga.com.br/artigos/a-importancia-da-integracao-escola-familia-no-processo-pedagogico> Acesso em 15 de abril de 2014;


ISTOÉ INDEPENDENTE - COMPORTAMENTO. Disponível em: <http://www.istoe.com.br/reportagens/326686_O+MAIOR+PROBLEMA+DA+EDUCACAO+DO+BRASIL> Acesso em 15 de abril de 2014; 

OS 10 MAIORES PROBLEMAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA E DO BRASIL E SUAS POSSÍVEIS SOLUÇÕES. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/img/politicas-publicas/fala_exclusivo.pdf> Acesso em 15 de abril de 2014.